Darwin e o Mecanismo Evolutivo​

Darwin e o Mecanismo Evolutivo

Em 1859, trinta anos depois da morte de Lamarck, o naturalista inglês Charles Robert Darwin expõem em seu livro A Origem das espécies suas idéias a respeito do mecanismo de transformação das espécies.

Observações preliminares de Darwin

Inicialmente, Darwin considerou observações das quais concluiu algumas de suas idéias evolucionistas:

Os organismos vivos produzem grandes quantidades de unidades reprodutivas; no entanto, o número de indivíduos permanece, na maioria das espécies, mais ou menos constante. Concluiu, então, que na natureza deveria. haver uma verdadeira “luta pela vida”, isto é, uma forte competição na exploração dos recursos oferecidos pelo ambiente, tais como disponibilidade de alimento, espaço, luminosidade, etc.

Os organismos de uma população natural são diferentes entre si, apresentando variações na forma e no comportamento. Essas variações podem ser transmitidas de uma geração para outra.

A seleção natural

Alicerçado em suas observações preliminares, Darwin considerou que certas características poderiam contribuir para a sobrevivência e reprodução de certos indivíduos. num determinado ambiente, constituindo-se, portanto, como variações “favoráveis”. Indivíduos portadores de variações “desfavoráveis” , por sua vez, teriam grandes dificuldades de sobrevivência e seriam normalmente extintos.

Assim, as diferenças individuais já existentes entre os indivíduos de uma mesma espécie seriam selecionadas naturalmente pelo ambiente. Então, o ambiente, como fator de seleção, tenderia a:

Fixar os indivíduos portadores de variações favoráveis.

Eliminar os portadores de variações desfavoráveís.

Darwin >< Lamarck

Tomando o exemplo da evolução da girafa, o darwinismo explica o longo pescoço do animal e o grande desenvolvimento de suas patas dianteiras de uma maneira diferente daquela defendida pelo lamarckismo.

Darwin entendia que, no passado, os ancestrais das atuais girafas exibiam pescoço e patas dianteiras com tamanhos variáveis. Mas a competição pelo alimento disponível favoreceu os indivíduos portadores de pescoço longo e patas dianteiras desenvolvidas, que, dotados de tais variações “favoráveis”, teriam acesso às folhagens situadas no alto das árvores. Assim, a seleção natural fixou os indivíduos portadores dessas variações, em detrimento das girafas de pescoço e patas dianteiras curtas, que lentamente foram' se extinguindo. Ao longo de várias gerações sobreviveram apenas as girafas de pescoço longo e patas dianteiras desenvolvidas, que hoje conhecemos.

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